quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SHIT HAPPENS

Eu ri muito com “Um dia de merda” de Luis Fernando Veríssimo, mas não imaginava que não há graça alguma quando isso acontece com a gente. Minha vez havia chegado...

Dois dias de merda com:
Wilson Braga Junior
_ Mãe, peido tem calda?
_ Não, meu filho...
_ Então eu caguei mesmo...
Não imaginava que um diálogo tão inocente pudesse de alguma forma ofender os deuses. O castigo veio como um tsunami em forma de bosta mole.O mais remoto pensamento de soltar um pum me causava arrepios e trazia à minha mente cenas de uma enxurrada de cocô descendo pelas minhas calças...
Sou cagão assumido, meu intestino funciona tal como um relógio suíço. Todos os dias às 08:00h, às 10:30h e às 16:30h, o reloginho entra em ação e vou eu cantarolante para o banheiro.
Nesses dois dias de diarréia foi diferente, o vaso se tornou meu amigo pessoal. Intimamente ligado a mim. Conhecedor profundo dos meus mais terríveis segredos...
Nos dias normais, o banheiro é um templo de reflexão. Como um mosteiro budista, e eu me transformo em um monge em alfa em busca do “Nirvana”. Na caganeira, parece mais um show ao vivo do “Nirvana” tendo Wilson Braga Junior como baterista...
Senti que meu pequeno imaculado canal anal se tornara um jato e por vezes tive a leve impressão de flutuar no assento sanitário.
O importante é que estou vivo, cagando, mas vivo...
Hoje não vejo mais o WC como um templo, e de certa forma tomei um certo tipo de trauma do dito cujo.
Aprendi que carne de porco nem sempre cai bem, que limão ajuda a trancar o intestino e que não existe poesia em cagar...

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